Nessa semana, mais precisamente entre os dias 25 e 26 do corrente, a União dos Policiais do Brasil – UPB, atuou junto ao legislativo federal, tendo reunião com o líder do Governo na Câmara, Deputado Major Victor Hugo e na última terça-feira esteve reunida com o secretário executivo da Casa Civil, Abraham Weintraub, para tratar da aposentadoria dos profissionais de segurança pública. Na representação dos Policiais Civis estava o Presidente da Cobrapol, André Gutierrez.

Durante a reunião, mais uma vez, foi colocado a importância de se respeitar a similaridade entre a atividade de segurança pública e militares em termos previdenciários. Com dados sólidos e irrefutáveis mostrou-se os riscos da profissão, os efeitos nefastos causados pelo estresse de um trabalho por si só extremamente insalubre, a dedicação exclusiva à atividade, o cerceamento do direito a greve e, desta forma, os representantes ratificaram que não há a menor razoabilidade para a diferença de tratamento dada a esses profissionais em comparação aos militares, em especial ao das forças armadas.

A expectativa dos operadores de segurança pública representados na UPB é que as alterações necessárias ao texto da PEC 06/2019 sejam realizadas pelo próprio Governo Federal e apresentadas para o substitutivo que deve ser discutido dentro da Comissão Especial que se formará logo após as definições da CCJ. “Existem passos ainda a serem dados pela própria Câmara dos Deputados que se quer definiu relator para a PEC dentro da CCJ. O celeiro de vaidades entre Bolsonaro e Maia de certo não barrará o texto do projeto que tem fortes interesses financeiros de bancos e do capital especulativo e a atuação da UPB tem sido determinante para a manutenção de nossos direitos”, aponta Marcilene Lucena, Presidente da Feipol-CON.

Conforme deliberações da própria UPB, manifestações em aeroportos nas capitais dos estados e no próprio DF deve acontecer no próximo dia 02 (terça-feira) e uma movimentação das entidades no Congresso Nacional no dia 10 de abril em uma ampla ação de sensibilização dos parlamentares e de setores formador de opinião da sociedade. Embora aguardando definições por parte do Governo Federal no atendimento às reivindicações da UPB, as entidades devem manter a mobilização e por hora sem uma manifestação mais acintosa, como marcada anteriormente, fato que incomoda a Presidente da Feipol-CON. “Entendo e respeito a posição da UPB, mas não julgo razoável suspender os protestos marcados, pois o Presidente Bolsonaro ainda não sinalizou sobre qual será sua conduta nesse processo. Já nos causou extrema indignação o próprio presidente entregar ambas as propostas, uma prejudicando os profissionais da segurança pública e na outra afagando os militares e deve ser o próprio presidente a garantir o que hora reivindicamos, pois no final das contas, mesmo com todas as pressões que o próprio cargo sofre, será o presidente que definirá os caminhos da Reforma da Previdência e estou convicta que merecemos sua atenção”, ponderou Marcilene.

A UPB lançou um vídeo curto, que pode ser divulgado inclusive via Instagram, apontando as peculiaridades da função policial e a divulgação deste tipo de material deve ser uma responsabilidade de todos os trabalhadores dessa importante área para uma maior conscientização da população sobre os riscos que traz a Reforma da Previdência, que desgasta ainda mais esses profissionais e, consequentemente, fragiliza toda a segurança pública.