Sindicato diz que a Polícia Civil precisa contratar 4.500 pessoas
João Pessoa
da reportagem local O presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil na Paraíba (SPPC-PB), Antônio Erivaldo Henrique de Souza, declarou ontem que a Polícia Civil (PC) está trabalhando com apenas 21% do contingente necessário para o Estado. Segundo ele, o efetivo de agentes atualmente é de apenas 1.260 pessoas, e que são necessárias mais 4.500 para suprir a demanda na Paraíba. |
procederem, o que acaba resultando no arquivamento da maioria dos inquéritos”, completou.
O presidente do SPPC disse que atualmente existem 160 delegados de carreira e mais de 200 comissionados, o que segundo Antônio Erivaldo, vai contra o Estatuto da Polícia Civil. Ele explicou que além desse cargo, outros estão sendo irregularmente disponibilizados para pessoas que não passaram pela formação técnica necessária e que isso representa um perigo para a população. Segundo ele, a Polícia Civil da Paraíba está em uma situação crítica, pela falta de pessoal e qualidade dos serviços comprometida. Outro fator exposto foi a questão salarial. Antônio Erivaldo disse que muitos policiais saíram da PC da Paraíba para trabalharem em outros Estados. Ele explicou que, enquanto no Rio Grande do Norte o salário inicial de um delegado é de R$ 2,8 mil, aqui esse valor é de R$ 1 mil, o que causa um desestimulo para os agentes. (KO) . |
FALTA DE PESSOAL Fabiana Veloso
O presidente do Sindicato declarou que o concurso para a PC, que será realizado este ano, é parcial e não irá atingir todos os cargos necessários para resolver os problemas da Polícia Civil.
Segundo ele, na portaria publicada semana passada pela Secretaria de Segurança Pública, foram contemplados apenas os cargos de delegados, agentes de investigação e escrivães, o que representa apenas parte do contingente necessário. Ele disse que o departamento de perícia científica não foi incluído no concurso e que existe uma falta crescente de pessoas para |
preencherem os cargos de necrotomista, auxiliar de perito e
papiloscopista, que também estão sendo exercidos por pessoas sem formação necessária. Ele citou o caso de um auxiliar de perito que estava trabalhando como necrotomista e completou dizendo que é necessário um levantamento mais preciso por parte da Secretaria de Segurança Pública, sobre a real situação da PC. A Superintendência da Polícia Civil foi procurada para comentar os dados sobre a falta de pessoal, mas o responsável, o subsecretário coronel Manuel Carvalho, não foi localizado. (KO) |