Últimas – Quarta, 27 de Junho de 2007
Policiais civis se reúnem hoje e decidem se encerram ou não a greve
Os policiais civis paraibanos decidem hoje se encerram ou não a greve que está completando 17 dias. Eles realizam assembléia às 16h na sede do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil, na rua General Osório, em João Pessoa. Ontem à tarde, uma comissão dos grevistas esteve reunida com o secretário da Segurança Pública e da Defesa Social, Eitel Santiago, e o secretário estadual de Administração, Gustavo Nogueira.
Durante o encontro de mais de duas horas, Gustavo Nogueira reapresentou a proposta do Governo, de concessão de aumento salarial variando entre R$ 150 a R$ 200. Os policiais reivindicam R$ 750. Eitel Santiago disse que se a greve continuar o Governo irá pedir na Justiça a ilegalidade do movimento.
O presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil, Antonio Erivaldo, avaliou que na reunião não houve avanço no que diz respeito à questão salarial. Ele admitiu, entretanto, que houve o aceno para evolução em outros itens. Segundo o sindicalista, os representantes do Governo se comprometeram a enviar, até agosto, projetos de lei à Assembléia Legislativa versando sobre a questão da ascensão funcional destinada a policiais da ativa que não foram punidos nos últimos dois anos e a criação da Lei Orgânica da Polícia Civil. De acordo com Erivaldo, também ficou expressa a disposição do Governo em corrigir uma injustiça que vem sendo praticada com os policiais, que é a concessão de aposentaria com perda da metade dos vencimentos.O secretário de Administração destacou, no entanto, que a concretização das negociações está condicionada ao fim da paralisação. “O Governo não conversa com categoria em estado de greve”, ressaltou Gustavo Nogueira. O secretário Eitel Santiago, por sua vez, considerou positivo o encontro com os grevistas. Ele afirmou que a oferta do Governo é superior à reposição da inflação. Sobre as acusações de ameaças de retaliações que estariam sendo feitas por delegados a policiais, conforme denunciou o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil, Eitel assegurou que elas não existem. “Não existe nenhuma providência para cortar ponto ou retaliar quem quer que seja”, declarou.
Edvanildo Lobo