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POLICIAIS CIVIS COBRAM AUDIÊNCIA E FALAM EM GREVE

CORREIO DA PARAÍBA

ECONOMIA
Paraíba. Sábado, 28 de maio de 2005

POLICIAIS CIVIS COBRAM AUDIÊNCIA E FALAM EM GREVE

Em comunicado enviado ao Governo do Estado, categoria alerta para a possibilidade de paralisação

Os policiais civis da Paraíba estão cobrando uma audiência ao Governo do estado e alertam para a possibilidade de entrar em greve. Em reunião realizada na última terça-feira, a categoria iniciou a campanha salarial e pedem correção nos vencimentos dos delegados e peritos e proporcionalidade de dois terços para as demais integrantes do grupo GPC-600. ” Este silêncio do governador vem se prolongando ao longo da sua gestão e a categoria decidiu permanecer mobilizada”, afirma Antônio Erivaldo Henrique de Sousa, presidente do sindicato dos Servidores da Polícia Civil da Paraíba.

Atualmente os delegados de carreira e peritos, todos de nível superior, percebem salário base de R$ 880,02 mais vantagens, totalizando R$ 2.086,78 bruto. O salário líquido sofre uma redução e fica em R$ 1,751, enquanto um coronel da PM percebe R$ 4.200. “Os delegados da Paraíba recebem os salários mais baixos do País”, ressalta. “O vencimento é a metade do que recebe um coronel”.

De acordo com Erivaldo, a situação dos demais policiais civis não é diferente. Salário mais vantagem chega a R$ 840,93. “O motorista policial ainda é pior. Ele recebe apenas R$ 614, já incluído as vantagens”, lamenta. “Esse é o maior arrocho salarial que a Polícia Civil paraibana passa em sua história”.

Erivaldo diz que desde dezembro do ano passado tenta marcar uma audiência com o governador Cássio Cunha Lima para tratar desses assuntos, mas até o momento não obteve resposta. “Queremos uma audiência não apenas para discutir as questões salariais, mas também queremos conversar sobre melhores condições de trabalho e compra de equipamentos mais modernos”,

No início desta semana, os Policiais Militares entregaram um documento solicitando uma audiência ao governador Cássio Cunha Lima em no máximo 30 dias – caso contrário poderão deflagrar greve. Endossaram o movimento as cinco entidades representativas da categoria – Caixa Beneficente dos Oficiais de Praça, Clube dos Oficiais, Associação dos Sub-tenentes e Sargentos, Associação dos Inativos da PM e Associação de Cabos e Soldados.

Os policiais já aprovaram um indicativo de greve em assembléia realizada no dia 17 deste mês. Então, caso o governador não os receba para que haja um entendimento, uma nova assembléia será organizada para uma possível deflagração de greve.

De acordo com o diretor de comunicação da Associação de Cabos e Soldados da PM, o Soldado Oliveira, a principal reivindicação da categoria é o cumprimento do escalonamento, assumido por Cássio Cunha Lima quando em campanha eleitoral para o governo.

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