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Mães, pais, irmãos, esposas, avós: Campina dá primeiro passo para exigir segurança pública de verdade

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Sim, é previsível que os porta-vozes da politicagem disseminem através de sua mídia comprometida que o movimento realizado na manhã desta sexta-feira (27) em Campina Grande tenha “se aproveitado” do sofrimento alheio para passar a mensagem que queria. Não se engane: quando policias e sociedade darem as mãos (está apenas começando), essa será a resposta que virá das bocas de quem não quer proporcionar uma segurança de verdade à população.

Diferente do que também dirão por aí, a mobilização que chamou a atenção de quem passava pelo Centro de Campina Grande passa muito longe de um movimento político. Ela reflete a insegurança, a insatisfação, o desespero, a sede de Justiça que aumentam ainda mais o sofrimento de quem teve um(a) ente covardemente assassinado(a).

Mães, pais, irmãos, esposas, avós. Dezenas delas deram as mãos aos profissionais da segurança pública que, embora muita gente não compreenda, também querem um mundo melhor para se viver, simplesmente porque eles também têm mães, pais, irmãos, esposas, avós…

Ao longo da história, grande parte da mídia vem fazendo o jogo sujo dos governos deste país. Enquanto os governantes de plantão negam investimentos de verdade na segurança – assim como na saúde e educação –, os policiais carregam a culpa pelo crescimento da criminalidade e não têm espaço na imprensa para sequer expor suas angústias, impedimentos, dificuldades.

Mas horizontes se abrem. Na manifestação desta sexta-feira, toda a imprensa campinense voltou seus holofotes não para os policiais, mas para o POVO. Jornalistas também têm mães, pais, irmãos, esposas, avós. E devem se preocupar verdadeiramente com a discussão em tela.

Está na hora de a sociedade saber como e de quem cobrar. Passou da hora de os profissionais da segurança pública deixarem de ser o saco de pancadas por um problema que nunca tiveram as mínimas condições de resolver.


Fonte:
ParaibaQAP

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