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Delegacia do Geisel tem até 30 registros por dia

Buracos, lama e assaltos nas ruas. A violência e a falta de infra-estrutura estão preocupando moradores e comerciantes no Bairro do Geisel. Até o final da manhã de ontem, a 4ª Delegacia Distrital já tinha registrado cinco queixas de assaltos praticados durante o final de semana. De acordo com o agente policial Moacir de Lima Ribeiro, os episódios são comuns no local, pois, normalmente as ocorrências do bairro chegam a 20 ou até a 30 diariamente.
O secretário de infra-estrutura do município, João Azevedo, afirmou que várias ações estão sendo executadas para acabar com os problemas de buracos nas ruas da cidade, mas que a população precisa ter paciência, pois, não há condições de fazer em todas ao mesmo tempo. “Atualmente estamos trabalhando com um projeto de pavimentação onde 245 ruas da cidade estão sendo calçadas. No Geisel, cinco ruas foram contempladas, dentre elas a Aluísio Ribeiro e uma rua projeta que não tem nome. As ruas que não estão neste projeto, provavelmente podem estar no próximo, mas não tenho como garantir. Além disso estamos fazendo também ações de terraplanagem nas ruas que não são pavimentadas”, disse.
A reportagem tentou entrar em contato com o Secretário de Segurança para divulgar que ações estão sendo planejadas para o bairro, no entanto, até o fechamento desta edição, o secretário não foi encontrado.

Comerciantes têm medo de trabalhar

O taxista Vanilton Ferreira trabalha no ponto da Rua Petrônio Figueiredo há mais de 15 anos, e contou que hoje precisa trabalhar com a sorte. “Homens em motos passam assaltando nas ruas do Geisel constantemente. Hoje, não pegamos qualquer corrida, vamos na experiência. Quando a gente vê que a pessoa tem perfil de assaltante dispensamos. Mas mesmo assim a gente tem que trabalhar com a sorte e com Deus ajudando, pois quem vê cara não vê coração”, revelou.
Já Marcílio da Nóbrega Leitão tem um comércio há cerca de 20 anos também na Rua Petrônio Figueiredo, o bairro sofreu transformações ao longo dos anos. “Antes o Geisel era tranqüilo, agora a violência é uma constante. É assalto a toda hora em farmácias, comércios e a pedestres. Falta segurança nas ruas, é muito raro passar uma viatura fazendo ronda por aqui. Não existe na delegacia uma viatura de prontidão para quando a população precisar”, afirmou.
O fato foi confirmado pelo agente Moacir de Lima Ribeiro, que admitiu que não existe um carro específico para rondas na delegacia. “Nós temos uma viatura em boas condições, mas ele atende a todas as ocorrências da delegacia, como: transferência de presos, entrega de ofícios e intimações, entre outros. Não tem como fazer rondas, apesar da incidência de grandes assaltos no local”, disse.

Juliana Gontiès

Fonte: Jornal Correio da Paraíba

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