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TRAFICANTES MANTÉM SILÊNCIO DE COMUNIDADES ATRAVÉS DE REMÉDIO E CESTAS BÁSICAS EM JP  

O Jornal Correio na edição deste domingo (20) traçou um raio X das comunidades controladas pelo crime. Em algumas delas os traficantes mantém o silêncio dos moradores com cestas básicas e remédios. Existe até dias para distribuição das feiras.

Passou-se o tempo em que o medo era o único jeito dos criminosos fazerem valer a ‘lei do silêncio’, numa comunidade. Traficantes estão usando a política da boa vizinhança e o assistencialismo para ganhar a confiança e o respeito dos moradores. A pobreza e a ausência do poder público garantem o sucesso da ação criminosa.

Na Bola na Rede, no Bairro dos Novaes, por exemplo, onde foi instalada, na sexta-feira passada, uma unidade de Polícia Solidária, os traficantes davam remédios e até material de construção a moradores. No Renascer I, também na Capital, o chefe do tráfico, segundo a polícia, já instituiu um dia na semana para distribuição de cestas básicas.

Para o coronel João Luís Sobreira Alvarez, esse foi um dos motivos para a antecipação da implantação da unidade do Bairro dos Novaes, antes da de Manaíra, já anunciada. O comandante do 1º Batalhão de Polícia Militar (1º BPM), coronel Jéferson Pereira da Costa e Silva, elencou mais motivos para a instalação emergencial. “A comunidade Bola na Rede apresentou um índice de crimes violentos, letais e intencionais que nos chamou muito a atenção. Além disso, o tráfico acentuado de drogas e o grande número de dependentes químicos também estão entre as principais razões para essa implantação”, explicou.

Segundo o tenente Sobreira, só neste ano, na comunidade Bola na Rede e proximidades, foram mais de 40 homicídios, porém o aspecto assistencialista se mostrou realmente preocupante. “Além dos números alarmantes da criminalidade, vimos que era ainda mais urgente a necessidade de a polícia estar presente na comunidade, porque a facção que domina a área estava usando um método de comprar a sociedade com serviços sociais, cestas básicas e remédios”, explicou.
Efetivo policial é insuficiente

O comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar, Coronel Jéferson, afirmou que o efetivo policial do Estado ainda é insuficiente para cobrir todas as áreas de João Pessoa, dentro dessa modalidade de polícia comunitária. “Ainda temos um número que não dá para atender a todas essas áreas. Mas isso será feito aos poucos”, garantiu.

Veja na íntegra esta reportagem na edição deste domingo (20) do Jornal Correio da Paraíba.

Fonte:
Da Redação com Tássio Ponce de Leon do Jornal Correio

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