“Considerando a ação federal no Rio de Janeiro “democrática” e “civil”, o presidente Michel Temer disse que a necessidade de intervir em outros Estados será avaliada caso a caso. Ele assegurou que o Governo Federal não atuará apenas no Rio. O general Braga Netto disse que o Rio é “um laboratório para o Brasil” para ação dos militares.”
Para, Antonio Erivaldo Henrique de Sousa presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado da Paraíba, e Vice-Presidente Região Nordeste da Confederação Brasileira dos Trabalhadores Policiais Civis – COBRAPOL, a intervenção do Exercito Brasileiro na Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro e possíveis intervenções em outros estados da Federação poderão acontecer, fato afirmado pelo presidente da República Michel Temer na posse do Ministro da Segurança Pública Raul Julgman. Em relação à crescente insegurança, com aumento da violência e dos crimes com armas letais, roubos, assaltos dos mais diversos, latrocínios, arrastões etc, o sindicalista vê como a falta de responsabilidade de alguns governantes e gestores das secretarias de segurança pública e defesa social na maioria dos estados brasileiros.
Afirma Erivaldo que, tanto a Cobrapol como os Sindicatos dos Policiais Civis dos Estados, ao longo dos anos vem denunciando aos Governadores dos Estados, Secretários de Segurança e Delegados Gerais das Polícias Estaduais, a falta de políticas públicas, valorização dos bons policiais e a insegurança para os próprios integrantes do sistema de segurança pública. Não bastante ao se aposentarem perdem mais de trinta por cento dos seus vencimentos e mesmo quando morrem no estrito cumprimento do dever, a viúva e os filhos ficam passando fome e na miséria, sem qualquer apoio do Estado.
Além de serem obrigados a trabalhar com uma sobre carga excessiva de trabalho, nas folgas ainda tiram plantões extras para completar a renda familiar, já que os salários são insuficientes para manter as necessidades básicas da família. Sem falar dos desvios de funções determinados por alguns superiores que ainda ameaçam com punições e outros tipos de assédios morais.
E mais, faltam investimentos, ambientes de trabalho dignos, armamentos e até coletes a prova de bala. Em alguns estados os policiais são obrigados a cumprirem missões usando coletes vencidos.
A Cobrapol, juntamente com as federações e os sindicatos dos policiais civis dos 27 estados da federação lutam por mais de duas décadas no Congresso Nacional pela aprovação de uma Lei Orgânica Federal para que seja adequada nos Estados a exemplo da Magistratura e Ministério Público.
Não há segurança sem uma Lei Orgânica Federal, valorização dos profissionais e dignidade salarial, falou Erivaldo Henrique.
Fonte: Jornal Correio da Paraíba / Assessoria SSPC-PB