O presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Ceará (Sindepol), Milton Castelo Filho, descartou, ontem, a possibilidade dos delegados aderirem à
greve dos policiais civis do Estado. Segundo ele, os delegados estão se desdobrando para manter o atendimento nas delegacias da Capital e do Interior.

“A sociedade não pode ficar a mercê da própria sorte, no que pese a questão da Segurança Pública, no que diz respeito as atribuições da Polícia Judiciária”, ressaltou Castelo.

De acordo com o presidente, a negociação da sua categoria (delegados) com o Governo do Estado está em curso há muito tempo. “Não vejo razão para mudarmos nossa trajetória de manter o diálogo e atingir o nosso objetivo, que é a reinserção nas carreiras jurídicas. Temos conversado e sempre fomos muito bem recebidos pelos membros do Governo. Não temos razão para iniciar uma greve, que para mim, é o último instrumento a ser adotado”, disse.

Para Castelo, os delegados não podem aderir ao movimento dos policiais civis sem uma “razão plausível”. O presidente do Sindepol, no entanto, não descartou as dificuldades encontradas pelos delegados durante a paralisação. “Não podemos negar que houve uma mudança nos rumos do trabalho, dificuldades existem, mas, na medida do possível, temos orientado os colegas que façam o possível para diminuir os impactos na sociedade, efeitos da paralisação”.

Alguns delegados estão registrando Boletins de Ocorrência (BOs), conduzindo presos para serem transferidos para os presídios e até fazendo a segurança dos prédios, quando necessário, como foi o caso, do delegado Bruno de Figueredo, da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos e Cargas (DRFVC).

Fonte.
Diario do Nordeste