Ninguém duvida que educação e segurança são dois serviços essenciais do poder público. Mas, há o risco dos paraibanos ficarem sem esses dois serviços, a partir de julho. Pelo menos é essa a disposição majoritária de policiais civis e militares, além de professores da rede estadual.

Os docentes se queixam do não atendimento de várias das suas reivindicações, inclusive, prometidas em mobilizações anteriores da categoria. Entre esses pleitos se inclui a questão salarial. Segundo o Sintep, o governo da Paraíba paga, atualmente, o pior salário do Nordeste.

No mesmo diapasão estão os policiais, segundo as entidades que representam a categoria. Entre os militares, há insatisfação redobrada porque, sequer o escalonamento, o governo implantou. A categoria também lembra as perdas de várias gratificações em seus contracheques.

Segundo uma planilha distribuída pelas entidades, a Paraíba está na lanterninha quando o quesito é salário. Alagoas, por exemplo, paga salários quatro vezes maiores para seus policiais. O policiais deram um prazo ao governo, que vence em 10 dias. A disposição é de greve.

Situação similar experimentam os policiais civis. Além das péssimas condições de trabalho, sobretudo nas delegacias, conforme o seu sindicato, os salários dos profissionais entraram em rota descendente. A tal ponto que vários concursados recém-nomeados pediram demissão.

Os sindicatos dos servidores não acreditam na carência de recursos. Todos são unânimes em argumentar que, “se o governo não tivesse orçamento, não estaria nomeando dezenas de ex-prefeitos”. Um mote que o governo deu, que é fato, e contra o qual não há argumento. E a verdade é que, se não souber soprar as brasas das queixas juninas dos servidores, o governo corre o risco de ficar apenas com as cinzas das greves. Pelo menos é o que tem dado as simpatias juninas de policiais e professores.