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RICARDO JÁ TEM EM COFRE MAIS DE UM BILHÃO…

fig06v2011Delfim Neto, nos anos 70, era considerado um dos gênios das finanças públicas no Brasil, ao lado de Roberto Campos e Mário Henrique Simonsen. Os três são autores, com enfoques pouco diferentes, de espetaculosas teorias econômicas, segundo as quais o país teria de desenvolver-se tomando dinheiro emprestado. Eram muito jovens, menos Roberto Campos, que estava amadurecendo. Roberto era chamado de Bob, um apelido que as esquerdas lhe deram como ofensa pelas suas notórias ligações com os capitalistas dos Estados Unidos, onde serviu como embaixador do Brasil. Foi ali que Bob aprendeu o quanto vale em dólares um brasileiro talentoso mas disposto a vender seu país. E vendeu.

Na prática, o Brasil de Bob, Simonsen e Delfim operou um milagre econômico, com crescimento vertiginoso nas áreas de comunicação, portos, transportes, energia e outros, inclusive e especialmente bancos. O país virou um paraíso para o capitalismo mundial e americano. Foi o pico do chamado “capitalismo selvagem”, aquele que gera riquezas para uma nação a custo da miséria de seu povo. Ainda hoje, para que o Brasil pague a sua dívida externa, gravemente aviltada naquele período sombrio da ditadura, os pobres brasileiros não têm casa, emprego, educação, saúde e segurança. Não podem ser considerados dignos, porque não tem cidadania plena. Até que chegou Lula, que fez resgate de parte dessa massa humana densa a qual engordou nascendo no Nordeste. Ele voltará para terminar a grande obra. Este, sim, é um milagre verdadeiro e excepcional.

Com mais de 1 bilhão e 100 milhões em caixa, segundo o endiabrado cangaceiro Helder Moura, que vinga a honra dos pobres como fazia Antônio Silvino no princípio do século passado, Ricardo Coutinho quer fazer o “milagre paraibano”, uma obra de engenharia financeira em que os pobres não terão de pagar a conta depois, mas já começam pagando.

Rubens Nóbrega, que como Helder tem muito do lado humano de Lampião – o lado de não permitir que um pobre desvalido seja humilhado sem defesa, contra-ataca em nome dos que pagam a conta de Ricardo. Helder e Rubens, diferentemente do velho cangaço, usam armas menos mortais do que rifles, garruchas e punhais, mas que ferem fundo e dilaceram as entranhas e a alma (se houver) de qualquer tirano.

Os dois jagunços encapetados, ao que parece, fizeram um acordo, um convênio – um termo de cooperação bélica em que cada um usa sua poderosa arma para atirar no mesmo alvo em posições diferentes. E não é que o alvo já dá sinais de fragilidade e abatimento!

Voltarei ao tema. Estou convencido há anos de que a palavra como arma vale mais do que um míssil. E dependendo da autoridade moral de quem a maneja e da boa razão com que esteja municiada, será capaz de mudar os caminhos dos homens e de deslocar o eixo da história.

FONTE:
Redação – GILVAN FREIRE

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