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POLICIAL |
A-6 JOÃO PESSOA/PB * DOMINGO, 16 DE ABRIL DE 2006
“Bicos”e risco de morrer
Policiais civis e militares arriscam vida exercendo atividades remuneradas para fazer escolta e proteger empresas na Capital
Fernanda Medeiros – [email protected]
Sindicato reconhece problema
Muitos policiais civis e militares da Paraíba ainda sentem a morte do Cabo Letácio Daniel da Silva, mas sabem que outros colegas vão continuar tendo o mesmo fim, porque segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis da Paraíba, Antonio Erivaldo Henrique de Sousa, a maioria dos policiais da Paraíba e do Brasil sempre arranjam um trabalho extra para complementar a renda, assim como fazia o Cabo Daniel. “Quantos policiais civis já foram vítimas de tentativas de homicídio e muitos já morreram como o caso de um policial em Mamanguape e outro em Sousa. Ambos se submeteram a fazer cobrança de empresas privadas”, disse Erivaldo.
Ele lembra que a lei de número 4273/81 proíbe o policial de ter um outro emprego e este foi um dos assuntos debatidos, na última quarta-feira, durante o Encontro Nacional de Policiais Civis “Muitos policiais terminam tendo que trabalhar na clandestinidade para garantir o sustento da família. No encontro que tivemos debatemos justamente isso, os trabalhos que os policiais arranjam para aumentar a renda. E decidimos que vamos lutar por um piso nacional de cerca de R$ 4.200 para diminuir com esta prática”, afirmou.
Erivaldo Sousa apesar de achar que o salário do policial civil ainda precisa aumentar na Paraíba, diz que houve recentemente uma melhora. “Saímos de um dos piores salários para um valor razoável com o reajuste que foi concedido nos últimos dias pelo Governo do Estado. Na verdade o policial civil da Paraíba está ganhando mais que os do Ceará, de Alagoas e de Sergipe. Hoje, o policial civil iniciante recebe R$ 1.266”, acrescentou.
