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PM é preso por morte de policial civil

Cidades – Paraíba * Sábado, 20 de outubro de 2007 B5

PM é preso por morte de policial civil

Outro homem cuja identidade não foi revelada pela polícia também foi detido por envolvimento no crime

EDVANILDO LOBO E JOSÉ ALVES


O policial militar Luiz Quintino de Almeida Neto, acusado de ser o mandante do crime que vitimou o policial civil José Maria da Silva, 52 anos, e um outro homem cuja identidade não foi revelada para não atrapalhar as investigações, foram presos ontem. A viúva do policial, a aposentada Esmeralda de Lima Silva, 57, havia con¬firmado a suspeita de que seu marido teria sido exe¬cutado, a tiros, a mando do Policial Militar do 1º BPM, Luiz Quintino, com quem o carcereiro da Central de Polícia tinha desavenças pessoais.
O Corpo de José Maria foi enterrado ontem, às 16h, no Cemitério São José, no bairro de Cruz das Armas. No mesmo instante os dois acusados pelo crime, Luiz Quintino e um outro homem cujo nome não foi revelado, estavam sendo ouvidos pelo delegado Walter Brandão, na Secretaria de Segurança e Defesa Social. Quintino foi preso ao se apresentar na Secretaria, mas negou a autoria do crime.
Dezenas de policiais civis, amigos, familiares e muitos curiosos foram assistir ao funeral de José Maria, que chegou ao Cemitério em um carro do Corpo de Bombeiros. Seu corpo só foi enterrado depois de três salvas de tiros e muitos aplausos. A esposa, os filhos e os amigos do policial choraram muito durante o sepultamento. O trânsito ficou lento na avenida Cruz das Armas em razão da multidão que foi assistir o funeral.
A filha de José Maria, a professora Iracélia de Lima Silva, 37 anos, revelou também que há mais de dois anos seu pai teve um problema com um PM que seria “Luiz Quinti¬no”, no bar do Marcos, no Bairro dos Novais. Na ocasião, segundo ela, um homem atirou contra o militar, que acusou José Maria de ter mando matá-lo. “A única rixa dele era essa com o PM”, destacou ela. Ela lembrou que nos últimos dias seu pai vinha sofrendo ameaças por telefone e, por este motivo, tinha sido alertado por amigos da Polícia quanto a um possível atentado.
Segundo Iracélia Silva, seu pai estava agindo como se uma tragédia estivesse se aproximando. “Ele dizia que ia morrer, sabia que ia morrer, mas dizia que ia morrer com dignidade”, afirmou a professora. Ela declarou que seu pai era uma pessoa bem querida no Bairro dos Novais.

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