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Greve da policia Civil prejudica serviços a população


Cidades – Quarta, 20 de Junho de 2007

Greve da Polícia Civil prejudica serviços à população

Edvanildo Lobo

As delegacias de polícia da Paraíba não estão expedindo boletins de ocorrência à população, em virtude da greve dos policiais civis, segundo informou ontem o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado da Paraíba, Antonio Erivaldo. Ele informou que somente os serviços emergenciais, como lavraturas de flagrantes delito e encaminhamentos para exames periciais e laboratoriais em crimes violentos, como os de estupro, latrocínio e homicídio, estão sendo feitos nas delegacias. Conforme o sindicalista, todo o trabalho de investigação e diligências também está suspenso, mas todas as delegacias estão funcionando com número reduzido de policiais.
Os policiais civis realizaram, ontem pela manhã, uma manifestação em frente ao Palácio da Redenção, sede do Governo do Estado, em João Pessoa, para reivindicar uma audiência com o governador Cássio Cunha Lima (PSDB). Uma comissão dos manifestantes foi recebida pelo chefe da Casa Civil, Carlos Dunga, e pelo secretário adjunto da Segurança Pública e da Defesa Social, Airton Ferraz. Segundo Antonio Erivaldo, o encontro não surtiu o efeito desejado. “Eles sinalizaram apenas com uma nova reunião amanhã (hoje), e nada mais”, disse o sindicalista. Segundo o presidente do Sindicato, para garantir os serviços emergenciais estão sendo mantidos 30% do quadro de policiais civis em atividade permanente.
Erivaldo avaliou que em João Pessoa a adesão é de 65% da categoria, mas que em cidades como Campina Grande, Patos, Itaporanga, Guarabira e Catolé do Rocha a adesão é de 100%. Em todo o Estado, conforme o policial, 450 policiais estão aptos a atender aos casos emergenciais. De acordo com o sindicalista, o efetivo existente hoje é de 1.500 policiais civis para toda Paraíba.
A greve dos policiais civis foi decretada no dia 1º de junho. Cindo dias depois, no dia 6, ela foi suspensa, atendendo ao secretário da Segurança Pública e Defesa Social, Eitel Santiago, que, conforme Antonio Erivaldo, se comprometeu a avançar nas discussões, “o que não ocorreu”. Em razão disto, a categoria retomou a greve por tempo indeterminado, na sexta-feira passada, 15. “A tendência é arrocharmos ainda mais o cinto de agora em diante’, expressou o líder dos policiais civis. A categoria reivindica 50% do valor que foi concedido aos delegados, o equivalente a R$ 750. O Governo contrapropôs com 7%.
O secretário Eitel Santiago, seu adjunto Airton Ferraz e o procurador Geral do Estado Harrisson Targino foram procurados para falar sobre o assunto, mas não retornaram às ligações telefônicas feitas pela equipe do CORREIO.

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