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Dia do Servidor

Política

 Paraíba – A-3  Sábado 29, de outubro de 2005

HELDER MOURA

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Dia do Servidor

Ontem, não foi, exatamente, um grande dia para o funcionalismo. Os servidores federais, há muito, não têm o que comemorar. Têm havido várias paralisações em protesto contra a política salarial do governo petista de Lula que, nos tempos de candidato, prometia céu de brigadeiro para o funcionalismo.

Em alguns municípios, se pode destacar alguns avanços. Em cidades como João Pessoa, Campina Grande, Bayeux e Guarabira, os servidores passaram a receber seus salários em dia, algo que, salvo exceções, não acontecia em gestões anteriores. Não é nenhuma brastemp, mas há pelo menos respeito.

Agora, de amargar mesmo é a situação dos servidores estaduais. Passaram o dia de ontem esperando que o governador Cássio Cunha Lima anunciasse, já nem um aumento salarial, posto que parece impossível, mas ao menos a tabela da folha de outubro. Até o final da tarde, não havia qualquer definição.

Os servidores da Polícia Civil cansaram de esperar por uma audiência que o governador ficou de marcar com representantes da categoria, e foram às ruas denunciar a penúria em que o aparelho de segurança se encontra. Segundo os sindicatos, a Paraíba paga os piores salários do País aos seus policiais.

À tarde, assessores do governo deixaram escapar que o governador esteve tentando sensibilizar alguns setores do Distrito Federal, ontem, para poder anunciar o pagamento da folha. Mas, havia resistências na direção do Banco do Brasil e da Caixa, para concessão de outro empréstimo consignado.

Como se tornou improvável, pela via da rede oficial, a estratégia do governo talvez seja anunciar um pacote que incluirá novembro, dezembro e 13º, com novo empréstimo junto aos bancos privados, em particular o Banco Real. Para dourar a pílula, o governo pode anunciar alguns serviços extras. Pagos, evidentemente.

Sem prestígio

Segundo Antônio Erivaldo, presidente do sindicato dos policiais civis, o “secretário Harrison Targino até que é bem intencionado, mas não tem prestígio para cobrar do governador Cássio os pleitos da categoria”.

R$ 314,00

Antônio Erivaldo informa, que “um policial aposentado, ou a viúva de um policial, recebe apenas R$ 314, o que é insuficiente para se manter uma família, com dignidade”.

Com medo

Segundo Erivaldo, “tem policial já inválido, com problemas cardíacos, que não se aposentam, pra não perder as pequenas gratificações e vão terminar morrendo em serviço”.

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