Sábado, 28 de Novembro de 2009

No primeiro dia depois de decretada a ilegalidade da greve dos delegados de Polícia Civil, na 2ª Superintendência de Polícia Civil de Campina Grande poucos dos delegados grevistas voltaram ao trabalho e as investigações de alguns dos mais de 2 mil inquéritos parados voltaram a ser encaminhados. Eles estavam esperando o comunicado oficial à Associação de Defesa das Prerrogativas dos Delegados de Polícia da Paraíba (Adepdel) para retomarem suas funções. O Superintendente da Central de Polícia, Ariosvaldo Adelino, acredita que a ilegalidade enfraquece o movimento grevista, mas disse que somente após a assembléia da próxima segunda-feira saberá se a greve continua.
A greve foi iniciada desde o dia 21 de outubro, mas desde a quarta-feira, dia 18, os agentes e escrivães suspenderam a paralisação para não ter seus pontos cortados. O superintendente Ariosvaldo Adelino, responsável pela Delegacia de Campina Grande e de mais 32 cidades disse que algumas delegacias não participaram do movimento grevista, como a Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), Delegacia de Vigilância Geral (DVG), Delegacia de Acidentes de Veículos (DAV) e Delegacia de Homicídios. Além delas, as delegacias dos municípios de Lagoa Seca, Lagoa de Roça, Araruna, Aroeiras e Boqueirão também continuaram funcionando.
Ficaram parados todos os inquéritos que não têm réu preso. De acordo com a delegada da Coordenação Regional Judiciária (CRJ), Maria Madileine de Oliveira Lima, durante o período de um mês e sete dias, mais de 2 mil inquéritos ficaram parados. Contudo, apesar de a distribuição dos inquéritos não ter sido paralisada, somente ontem as investigações foram retomadas.

Marcelo Rodrigo – JORNAL CORREIO DA PARAÍBA