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DADOS DA VIOLÊNCIA – Uma pessoa é morta a cada 7 horas na Paraíba

anamaria2011Uma pessoa é assassinada na Paraíba a cada sete horas. O índice é alarmante e corresponde aos mais de 1.250 homicídios registrados em 2010 pelas polícias no Estado. De acordo com dados da Gerência de Tecnologia da Informação da Secretaria de Segurança Pública da Paraíba, este ano 1.200 pessoas foram vítimas de homicídios no período entre janeiro e outubro.

Os números dos meses de novembro e dezembro ainda não foram contabilizados, mas as autoridades de segurança acreditam que pelo menos outros 50 assassinatos tenham ocorrido nos últimos 60 dias. João Pessoa, Campina Grande e Patos lideraram o ‘ranking de mortes’.

Considerando o número de 1.250 mortes, o Estado registrou uma média de 3,4 assassinatos por dia, o que corresponde a um homicídio a cada sete horas. Nos últimos três anos (2008, 2009 e 2010), a Paraíba registrou um aumento nos índices de assassinatos. Foram 1.008 casos em 2008 e 1.231 mortes no ano seguinte, em 2009. Somando-se com os casos registrados em 2010, pelo menos 3.489 pessoas foram vítimas de assassinatos no Estado nos últimos três anos.

MAIORES OCORRÊNCIAS

No ranking das cidades que mais registraram assassinatos a capital paraibana, João Pessoa, aparece no topo. Este ano, de acordo com dados da Delegacia de Homicídios do município, 422 pessoas tinham sido mortas até o dia 29 de dezembro de 2010. Em 2009, dados da Secretaria de Estado de Saúde apontaram a ocorrência de 381 homicídios, o que representa um aumento de 9,8%.

Em segundo lugar surge Campina Grande. Com uma população superior a 385 mil habitantes, o município viveu um ano de 2010 ‘negro’ e bateu o recorde de homicídios. Em 2010 até o dia 29 de dezembro, 188 pessoas foram vítimas de homicídio, enquanto que no ano anterior, em 2009, foram 141 assassinatos; um aumento superior a 25%. Se comparado ao ano de 2008, quando a cidade registrou 118 homicídios, o crescimento foi de quase 40%. Já a cidade de Patos, no Sertão do Estado, registrou até o dia 31 de dezembro de 2010, 60 assassinatos. Em 2009 esse número havia ‘esbarrado’ em 54 mortes.

Para a polícia, o crescimento do número de assassinatos está ligado ao tráfico de drogas e em grande parte das mortes as vítimas já tinham envolvimento com algum tipo de crime. “Aqui em Campina Grande realmente nós tivemos um aumento dos assassinatos, sobretudo aqueles provocados pelo tráfico de drogas, que hoje é um dos maiores desafios e problemas da sociedade em todo o país”, lembrou o superintendente de Polícia Civil de Campina Grande, delegado Ariosvaldo Adelino. Mas a violência em 2010 também deixou vítimas que tinham uma vida dedicada ao trabalho, sem antecedentes criminais.

Foi o caso da empresária Ana Maria Gonçalves Abrantes, 40 anos, que foi morta por bandidos enquanto estava em um salão de beleza da capital, no mês de agosto deste ano; do assassinato do empresário campinense Suênio Rocha Melo, 30, que foi executado com um tiro na cabeça quando saía de um shopping na capital, no mês dse outubro; assim como um casal assassinado e jogado dentro de uma cisterna no município de Puxinanã durante o mês de agosto.

Fonte: João Paulo Medeiros e Vicente Conserva

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