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Criminalidade cresce oito vezes mais que a população, na Paraíba

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João Pessoa é a cidade mais violenta da Paraíba, com uma taxa de 747 crimes para cada 10 mil moradores. Mas Cabedelo, Bayeux, Patos e Campina Grande não ficam muito atrás.

No Estado, os bandidos não têm qualquer escrúpulo na hora de assaltar. Agências dos Correios, casas lotéricas, residências, condomínios e até delegacias de polícia já estiveram na mira dos bandidos esta semana e serviram de palco para assaltos e momentos de terror vivenciados pelas vítimas.

Os acontecimentos retratam o aumento da violência no Estado, revelam os especialistas, e levam a sociedade a questionar o status de tranquilidade atribuído às cidades paraibanas. Segundo dados da Seds, entre agosto de 2007 e agosto deste ano foram registrados 88.162 crimes, enquanto em 2003 foram 69.330 ocorrências. O número revela que a taxa de crimes na Paraíba pulou de 1.970 para 2.241, por 100 mil habitantes. Ou seja, de cada 100 paraibanos, dois foram vítimas de crimes nesses 12 meses.

João Pessoa é a cidade mais violenta, seguida, pela ordem, de Cabedelo, Bayeux, Patos, Campina Grande, Santa Rita, Conde, Sousa, Guarabira e Cajazeiras, conforme dados da própria Seds e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O mapa da criminalidade mostra que o fim de semana é o período com o maior número de ocorrências, concentrando 33,6% dos casos, e os horários mais vulneráveis à prática de crimes estão no intervalo das 17h às 22h. O domingo é o campeão de ocorrências, com 17,5% dos registros, enquanto a quarta-feira é o dia “mais tranquilo”, com um percentual de 12,6% de crimes registrados.

O Centro da cidade e os bairros de Manaíra e do Valentina Figueiredo são as áreas mais violentas. Mas a violência também campeia no Bessa, Cristo, Cruz das Armas, Mangabeira, Torre, Varadouro e Bancários. Os dados da Seds mostram, ainda, que 74,77 dos criminosos têm até 32 anos, e são desempregados, estudantes e serventes de pedreiros, em sua maioria (49,5% dos acusados identificados pela polícia).

Na contra-mão dos dados da própria da Secretaria que comanda, o secretário Eitel Santiago prefere acreditar que o crescimento dos índices de violência é equivalente ao crescimento da população. Culpa as gestões anteriores, que segundo ele não se preocuparam com a segurança pública do Estado, e destaca os investimentos que fez na área desde janeiro de 2007, quando assumiu a Seds.

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