O presidente da COBRAPOL, Jânio Bosco Gandra, participou na tarde de ontem (20/11) de audiência pública no Senado Federal que debateu a estrutura da polícia brasileira. Organizada pela Comissão Especial de Segurança Pública, a audiência também contou com a participação da presidente do Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil, Martha Mesquita da Rocha, do vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Luis Antônio de Araújo Boudens; e do professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro Michel Misse.

Em seu discurso, Gandra falou sobre os problemas na carreira do policial, como os baixos salários e a pressão emocional que levam ao abuso do álcool e ao suicídio. O presidente da COBRAPOL também apontou como um desafio o combate ao crack na maioria das cidades brasileiras e lamentou que a polícia tenha que pagar pelas deficiências na segurança pública. Para Gandra, as mudanças poderiam começar pela regulamentação da Polícia Civil, prevista na Constituição.

Na opinião de Martha Mesquita, a solução seria uma lei geral das polícias, com o aperfeiçoamento da instituição. O professor Misse ressaltou a necessidade de modernização do aparato policial e o estabelecimento de um ciclo completo que contemple a prevenção, o policiamento (repressão e socorro) e a investigação. Luis Antonio de Araújo informou que mais de 80% dos policiais federais querem reformas nas relações internas no departamento. Todos querem mais independência para a escolha dos seus chefes e delegados.

Por Giselle do Valle
Fotos: Ronaldo Barroso
Fonte: Imprensa COBRAPOL com informações da Agência Senado