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Bancos: greve pode terminar hoje

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A greve dos Bancários será decidida hoje à noite e é possível que os bancos abram amanhã com funcionamento normal, após 15 dias de paralisação. Foi o que informou ontem o presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcos Henriques, ao voltar de reunião do Comando Nacional dos Bancários, em São Paulo. Segundo ele, a diretoria do comando está inclinada a aceitar a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de 7,5% de reajuste e de 16,33% de piso salarial, mas a decisão será das assembleias de base.

Marcos Henriques explica que em cada estado os sindicatos se reúnem para decidir se aceitam ou não a proposta. A decisão será enviada ao comando geral de greve e a maioria dos sindicatos é que decide para o País todo. “É provável já haver uma resposta sobre a greve às 22h de hoje. A proposta, apesar de ser insuficiente e de poder ser melhorada, apresenta avanços, como aumento real de 3,08% sobre a inflação, para quem ganha até R$ 5.250 e de 11,54% para que ganha o piso, que passa de R$ 1.074 para R$ 1.250”.

O presidente do sindicato também destaca como vantagens a participação de lucros e resultados, que pode aumentar de R$ 2.100 para R$ 2.400, dinheiro a ser repassado ao bancário no final do ano a título de gratificação, o que significa aumento de 14,28%. Na proposta também consta cláusula de combate ao assédio moral, que é um dos problemas apontados pela categoria.

Conforme acordo com o Ministério Público da Paraíba (MPPB), a Caixa Econômica Federal (CEF) e o Banco do Brasil (BB) vão colocar um contingente de 30% dos bancários à disposição dos clientes a partir de hoje. Segundo o promotor Glauberto Bezerra, também devem manter funcionando os caixas eletrônicos e oferecer envelopes para os depósitos, que deverão passar a ser compensados, sob o risco de serem processados pelo Ministério Público.

Glauberto Bezerra ressalta que, de acordo com a Lei de Greve, 30% dos bancários devem garantir a continuidade do serviço, mas Marcos Henriques discorda. Ele diz que a lei só garante o funcionamento da compensação de cheques com um contingente de 30%. Mas conforme foi verificado em algumas agências, isto não foi cumprido, sobretudo, nos bancos públicos.

Thadeu Rodrigues

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