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Audiência debate a insegurança no Compartimento da Borborema

 

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Secretário Gustavo Ferraz Gominho se reuniu em Campina com segmentos da sociedade organizada, entidades sindicais e associações comumitarias e dos movimentos populares para buscar alternativas para questão da insegurança em CG.

A segurança é uma das maiores preocupações dos habitantes da região do Compartimento da Borborema (Campina Grande). Com o intuito de discutir a questão com representantes de vários segmentos da sociedade, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social da Paraíba, promoveu na manhã de ontem, no auditório do Sesc Centro, uma audiência pública. O mesmo evento será realizado em todas as regiões do Estado. No total serão 10 audiências,03 já foram realizadas, João Pessoa, Guarabira e ontem em Campina Grande.

Os participantes puderam expor suas insatisfações e sugerir soluções para resolver o problema. A ausência de policiamento nas ruas, a falta de estrutura nas delegacias e os baixos salários dos policiais paraibanos dominaram o debate, o que não foi novidade para Gominho, tais fatos vem sendo denunciados aos gestores públicos do Estado há vários anos pelo Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado da Paraíba e pelo Ministério Público Estadual sem qualquer êxito, agora tudo indica que a historia será outra, a sociedade já não aguenta mais tanta violência e descaso para com a segurança pública.

O secretário de Segurança e Defesa Social, Gustavo Gominho, deixou claro que o principal problema que afeta a segurança de Campina Grande é a péssima condição em que se encontra o prédio que abriga a 2ª Superintendência Regional de Polícia Civil (SRPC), no bairro do São José. O atual prédio foi condenado por um laudo emitido pela Defesa Civil que constatou diversas falhas na edificação e apresenta risco de desabamento.

Ele afirmou que já está providenciando a locação de um espaço para abrigar a 2ª S.R.P.C. e ressaltou que a atual sede será demolida. No local será reconstruído um prédio com infra-estrutura moderna e capaz de atender às necessidades dos policiais e da população. “A solução vai existir, nem que tenhamos que retirar o 10º BPM da antiga Ciretran e colocar a 2ª SRPC”, disse o secretário. Gustavo Gominho confessou que a Polícia Civil da Paraíba é mal paga, mas destacou que o Estado não tem condições de pagar os salários que estão sendo requisitados pela categoria. Ele prometeu que até o dia 20 deste mês a secretaria irá apresentar uma contraproposta para a Polícia Civil.

Diz Ademir da Costa Vilar, escrivão de polícia que participou da audiência representando a Federação dos Policiais Civis do Estado da Paraíba – FEPCEP, historicamente por mais de uma década o Estado da Paraíba nunca pagou menos de 50% dos vencimentos dos delegados de carreira aos seguintes servidores da polícia civil paraibana… papiloscopistas, necrotomistas, agentes de telecomunicação, motorista policial, técnicos em perícias etc. Hoje a desvalorização e o desestimulo é total e estes trabalhadores da segurança pública percebem salários inferiores a 1/3 dos delegados de polícia e peritos, o governador é obrigado resgatar a auto estima destes menos favorecidos, que hoje vivem de fazerem bicos fora da polícia para completar a renda familiar e saciarem a fome.

Gustavo Gominho afirmou para a plateia que “o Estado não tem condições de pagar o que os delegados querem. Posso prever que devemos oferecer uma proposta abaixo do que a categoria está reivindicando e compensar nos anos de 2010 e 2011”, enfatizou. O secretário não esconde que teme outra greve no Estado.

Já Francisco Camilo de Souza, vice-presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado da Paraíba – SSPC/PB, afirmou para Gustavo Gominho, que a polícia judiciária não é constituída apenas por delegados mas por Peritos Agentes de Investigação Escrivão de Polícia e demais cargos de servidores lotados no IPC, todos tem família, são operadores da segurança pública e merecem perceber vencimentos dignos, não se faz segurança pública sem valorização do bom policial, os salários dos PCs da Paraíba são os piores do Brasil, até os direitos constitucionais não são concedidos, a exemplo das horas extras e adicional noturno, as decisões judiciais. Os governantes que antecederam o atual governo sempre fizeram vista grosa o que não é bom para classe e muito menos para as instituições democráticas. A classe estar confiante nos bons propósitos do governo, em particular no novo secretario, que tem declarado em suas entrevista preocupação com o caos que encontrou na segurança pública e que em breve teremos melhores dias para classe e para sociedade que está clamando por segurança, concluiu Francisco Camilo.

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