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Aprovação da PEC

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O candidato Ricardo Coutinho pode confirmar, ontem, a sua liderança sobre os deputados de oposição. Todos eles (à exceção do presidente João Henrique) se retiraram do plenário, ontem, para não votar a PEC 300. Mesmo assim, o projeto foi aprovado por unanimidade pela bancada governista, com 20 deputados.
Dois deputados do PSDB (João Gonçalves e Fabiano Lucena) e um do PP (Aguinaldo Ribeiro) contribuíram para dar quórum ontem, e aprovar a matéria, após a defecção de Quinto e Iraê Lucena. Ruy Carneiro, apesar de se afirmar da ala do senador Cícero Lucena, também não compareceu pra votar com os governistas.
Após a votação, Ricardo Coutinho não escondeu o seu desagrado e avisou que irá ouvir o Ministério Público pra avaliar possibilidade de pagar os novos salários, caso seja eleito governador. Foi o suficiente pro Major Fábio desabafar: “Não aceitamos dúvidas. Os dois candidatos precisam assumir o compromisso de pagar”.
Depois veio a informação de que o advogado Carlos Aquino, que tem ligações com o ex-governador Cássio e Ricardo Coutinho, tinha decidido ir à Justiça contra a aplicação da PEC. Mais uma vez o Major Fábio avisou: “Quem entrar com a ação contra a PEC só vai mostrar para a sociedade o quanto é contra os policiais”.
Do lado de fora da Assembléia era evidente a euforia dos policiais. Não é todo dia que uma categoria conquista um reajuste que dobra os seus vencimentos. Tomara que outras categorias de servidores consigam um grau de mobilização tal no futuro que também possa resultar em melhorias substanciais aos seus salários.
Foi também uma vitória do Governo, que reafirmou sua maioria na Assembléia. Há poucos dias, o deputado Zenóbio Toscano, um dos principais interlocutores do ex-prefeito Ricardo, chegou a afirmar que a PEC jamais seria aprovada. Por isso, houve quem duvidasse de sua aprovação. Com o veredicto de ontem, o Governo mostrou força.

HELDER MOURA

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