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210 mil foram roubados em um ano

Duzentas e dez mil pessoas já foram vítimas de roubo ou furto na Paraíba em um ano, de acordo com o suplemento “Características da Vitimização e do Acesso à Justiça” da Pesquisa Anual por Amostra de Domicílio (PNAD) divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a pesquisa, a maioria dos crimes foi praticada contra indivíduos de alta classe social e as vias públicas são os locais mais escolhidos pelos assaltantes.

Foram detalhados dados de todos os Estados do Brasil, traçando o perfil socioeconômico das vítimas de roubo, furto, agressão física e tentativa de furto ou roubo. Na Paraíba, foram ouvidas 7.622 pessoas em 2.630 domicílios no período entre 27 de setembro de 2008 e 26 de setembro de 2009.

O telefone celular é o objeto mais visado. Documentos pessoais, dinheiro, cartões de crédito ou débito e cheque também foram citados no estudo como alvos preferidos. Das 2,5 milhões de pessoas com 10 anos ou mais de idade, 210 mil foram vítimas de furto ou roubo, o que representa 7,3% da população entrevistada. As vítimas de tentativa de roubo ou furto somaram 122 mil pessoas, ou seja, 3,8% da amostragem.

A pesquisa evidenciou, também, a questão da sensação de segurança. Conforme o estudo, 40,9% dos paraibanos não se sentem seguros na cidade em que moram. Neste quesito, os homens se dizem mais seguros do que as mulheres. Na Paraíba, 61,9% dos homens declararam possuir sensação de segurança no seu Estado, ficando na frente dos 56,6% das mulheres.

No Estado, o dispositivo de segurança mais usado é a grade na janela ou porta da casa, representando 32,3%. O uso de fechadura extra e olho mágico seguem no ranking com 21% e 14,7%, respectivamente. Cerca de 50% dos domicílios tinham algum dispositivo de segurança. Esse percentual foi bem maior para os apartamentos (85%) do que para as casas (48%).

As vítimas de agressão física contabilizaram 45 mil pessoas em 2009, entretanto, deste número, 66% não registraram queixa na polícia, fato que denuncia a falta de confiança da sociedade nos órgãos de segurança pública, além da sensação de impunidade.

Brasileiros não dão queixa na polícia

Rio de Janeiro (ABr) – Os dados mostram que mais da metade dos crimes de roubo em todo o país não são registrados na polícia. A justificativa mais citada pelos entrevistados para não procurar delegacias é a falta de confiança na polícia, seguida pela percepção de que não era importante recorrer à polícia. Apenas 48,4% das vítimas de roubo no país e 37,7% das vítimas de furto recorrem à polícia. Mesmo entre os que procuram auxílio policial, cerca de 10% não registram queixa.

A pesquisa mostra que quase metade da população brasileira (47,2%) não se sente segura na cidade onde vive. Entre as vítimas de roubo ou furto no período de um ano antes da pesquisa, esse percentual sobe para 70,4%. A preocupação com a segurança é mais frequente em áreas urbanas do que nas áreas rurais.

A população brasileira se sente mais segura em casa, onde 60% dos moradores declararam usar algum dispositivo de segurança, revelou a pesquisa. O documento mostra que, à medida que o cidadão se afasta do lar, mais temeroso fica. A pesquisa revela que 78,6% da população (127,9 milhões), sentiam-se seguros no local de moradia, onde estavam instaladas grades nas portas ou nas janelas de 35,7% dos lares. No mesmo bairro, fora de casa, o percentual de segurança foi declarado por 67,1% dos entrevistados e, na cidade, um pouco mais da metade se sentia segura: 52,8%.

Cerca de 11,9 milhões de pessoas, ou 7,3% da população brasileira, foram vítimas de roubo ou furto entre setembro de 2008 e setembro de 2009.

Fonte: CORREIO DA PARAÍBA

Aline Guedes

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